Introdução
O programa “EcoAgro 29 – Programa de Agricultura Sustentável e Desenvolvimento Rural” é uma iniciativa pioneira que visa catalisar uma transformação significativa no setor agrícola dos municípios da Argentina. Este programa surge num momento muito importante, marcado pela necessidade urgente de adoção de práticas agrícolas sustentáveis face aos desafios ambientais, económicos e sociais que o país e o mundo enfrentam.
A agricultura, sendo um pilar fundamental da economia argentina e um factor crítico na segurança alimentar, encontra-se numa encruzilhada. As práticas tradicionais são cada vez mais desafiadas por questões como a degradação dos solos, a escassez de água, a perda de biodiversidade e as preocupações crescentes com as alterações climáticas. Além disso, é essencial abordar as desigualdades e as dificuldades económicas enfrentadas por muitos agricultores, especialmente os pequenos e médios produtores. Neste contexto, o “EcoAgro 29” apresenta-se como uma solução abrangente, visando uma reinvenção de uma agricultura amiga do ambiente, economicamente rentável e socialmente equitativa.
Este programa distingue-se pela sua abordagem holística e pela sua adaptabilidade às condições e necessidades locais. Através de uma série de estratégias interligadas, a “EcoAgro 29” procura capacitar os agricultores com conhecimentos e tecnologias inovadoras, incentivar práticas agrícolas e de gestão de recursos que sejam sustentáveis e eficientes, e criar mercados e redes de distribuição que apoiem e valorizem a produção agrícola sustentável.
Uma componente chave é a ênfase na educação e formação, não só para os agricultores, mas também para a comunidade em geral. O programa reconhece que uma transição bem sucedida para práticas sustentáveis requer uma mudança de mentalidade e compreensão da interligação entre a agricultura, o ambiente e a sociedade. Assim, são promovidas iniciativas que aumentam a consciência e o conhecimento sobre a importância da sustentabilidade na agricultura.
Além disso, o programa centra-se no fortalecimento das economias locais através do desenvolvimento de mercados para produtos sustentáveis e do apoio aos agricultores no acesso a esses mercados. Isto não só ajuda a garantir que a adoção de práticas sustentáveis seja economicamente viável para os agricultores, mas também incentiva uma cultura de consumo responsável e consciente entre os consumidores.
A inovação é outro pilar fundamental do “EcoAgro 29”. O programa procura integrar continuamente novas tecnologias e métodos que melhorem a eficiência, reduzam o impacto ambiental e aumentem a resiliência da agricultura face aos desafios climáticos e económicos. É uma visão para o futuro da agricultura na Argentina, um futuro em que a sustentabilidade, a equidade e a prosperidade andem de mãos dadas, alinhada com a COP e aspira a ser um modelo de como a agricultura pode se adaptar e prosperar num mundo em mudança, beneficiando não apenas agricultores e comunidades rurais, mas também o país como um todo e o ambiente global.
O que é COP?
A COP, que significa “Conferência das Partes”, é uma série de conferências globais realizadas no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC). Estas conferências reúnem os países signatários da convenção para avaliar o progresso na luta contra as alterações climáticas e estabelecer estratégias e compromissos para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.
Cada “parte” da COP é um país que ratificou a UNFCCC, e a conferência serve como um fórum para estes países negociarem acordos e estabelecerem metas relacionadas com as alterações climáticas. Estes objetivos incluem reduções nas emissões de gases com efeito de estufa, adaptações para gerir os impactos climáticos e financiamento para estas iniciativas.
Algumas COP foram particularmente significativas, como a COP21 em Paris em 2015, onde o Acordo de Paris foi adotado. Este acordo estabelece metas detalhadas para limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais, de preferência a 1,5 graus, para reduzir significativamente os riscos e efeitos das alterações climáticas.
No geral, as COP são fundamentais na definição da política global e das respostas às alterações climáticas e desempenham um papel fundamental na mobilização da comunidade internacional para um futuro mais sustentável e com baixo teor de carbono.
Por que a COP é importante para os agricultores argentinos?
As decisões e políticas derivadas das COP têm o potencial de influenciar significativamente a agricultura argentina, desde a adaptação e mitigação das alterações climáticas até ao acesso a novos mercados e tecnologias. Isto torna a participação e o acompanhamento destas conferências de grande relevância para os agricultores argentinos. A COP, como fórum fundamental na luta global contra as mudanças climáticas, é de grande importância para os agricultores argentinos por vários motivos:
- Impacto das alterações climáticas na agricultura: A agricultura é uma das actividades mais afectadas pelas alterações climáticas. Fenómenos como secas prolongadas, inundações, mudanças nos padrões de precipitação e temperaturas extremas podem ter um impacto directo na produtividade agrícola, na segurança alimentar e nos rendimentos dos agricultores. As decisões e políticas decorrentes das COP buscam mitigar esses impactos.
- Adaptação e resiliência: As COP resultam frequentemente em compromissos e estratégias para ajudar os países a adaptarem-se às alterações climáticas. Para os agricultores argentinos, isso pode significar acesso a novas tecnologias, práticas agrícolas mais sustentáveis e resilientes e melhores sistemas de gestão de recursos naturais.
- Financiamento para a sustentabilidade: Mobilizam frequentemente recursos financeiros para apoiar a transição para práticas sustentáveis. Isto pode incluir fundos para a agricultura sustentável, o que ajudaria os agricultores argentinos a adotar práticas que reduzam a sua pegada de carbono e melhorem a sua eficiência e sustentabilidade.
- Políticas e regulamentações ambientais: As decisões tomadas nas COPs podem influenciar as políticas ambientais nacionais e internacionais. Isto poderá afetar a forma como a agricultura é praticada na Argentina, impulsionando uma mudança para métodos mais ecológicos.
- Mercados e comércio: As tendências globais rumo a uma economia de baixo carbono podem abrir novos mercados para produtos agrícolas sustentáveis. Os agricultores argentinos poderiam beneficiar da crescente procura global por alimentos produzidos de forma sustentável e respeitadora do clima.
- Conscientização e colaboração internacional: As COPs aumentam a conscientização sobre as mudanças climáticas e a necessidade de ação global. Isto pode fortalecer a colaboração e as parcerias internacionais, das quais os agricultores argentinos podem beneficiar, especialmente em termos de intercâmbio de conhecimentos e melhores práticas.
Por que os municípios e os produtores rurais deveriam se envolver?
A participação na COP permite que os municípios e os produtores rurais estejam na linha da frente quando se trata de políticas climáticas, acesso a recursos, adaptação a novos desafios e aproveitamento de oportunidades emergentes num mundo que coloca cada vez mais ênfase na sustentabilidade e na ação climática. Os municípios e os produtores rurais têm vários motivos importantes para se envolverem na COP (Conferência das Partes) e nas discussões sobre mudanças climáticas em nível global:
- Impacto directo das alterações climáticas na agricultura rural: As alterações climáticas têm efeitos significativos nas condições meteorológicas, nos padrões de precipitação, na disponibilidade de água e na saúde do solo, todos factores cruciais para a agricultura rural. A participação na COP pode ajudar os municípios e os produtores a compreender melhor estes impactos e a desenvolver estratégias de adaptação.
- Desenvolvimento de políticas locais de adaptação e mitigação: As decisões e compromissos assumidos na COP orientam as políticas climáticas nacionais e internacionais. Os municípios e os produtores podem utilizar esta informação para informar as suas próprias políticas e práticas, garantindo que estão alinhadas com os padrões e objetivos globais.
- Acesso a financiamento e recursos: Mobilizam frequentemente recursos financeiros e técnicos para apoiar a adaptação às alterações climáticas e a mitigação dos seus efeitos. Os municípios e os produtores rurais podem beneficiar destes recursos para melhorar as suas práticas agrícolas e a infraestrutura local.
- Oportunidade de representar interesses locais: A participação ativa na COP oferece aos municípios e aos produtores rurais a oportunidade de representar e defender os seus interesses e necessidades específicos, garantindo que as políticas e medidas globais considerem as suas realidades locais.
- Troca de conhecimentos e melhores práticas: A COP é um fórum para a troca de conhecimentos, experiências e melhores práticas na luta contra as alterações climáticas. Os municípios e os produtores podem aprender com outros e aplicar esse conhecimento nas suas comunidades.
- Promoção da agricultura sustentável: Enfatiza a importância de práticas sustentáveis e respeitadoras do clima. Os municípios e os produtores podem adotar estas abordagens para melhorar a sustentabilidade e a eficiência das suas operações agrícolas.
- Preparação para mudanças regulatórias e de mercado: Tendências e decisões na COP podem indicar mudanças futuras nas regulamentações ambientais e nas preferências do mercado. Manter-se informado e participar ativamente prepara municípios e produtores para essas mudanças.
A seguir exploraremos as fases de implementação deste programa e para uma melhor compreensão, cada uma delas foi estruturada com objetivos, etapas e conselhos. Não se esqueça que por se tratar de um projeto, não é necessário que você siga 100% todas as orientações, pois as fases podem ser adaptadas ao contexto de cada local. Sinta-se à vontade para usá-lo e modificá-lo conforme achar necessário.
EXECUÇÃO
Fase 1 – Formação da equipe e profissionais relevantes
Para garantir o sucesso e a eficácia do “EcoAgro 29 – Programa de Agricultura Sustentável e Desenvolvimento Rural”, é importante contar com a participação de profissionais de diversas disciplinas. Aqui sugiro alguns perfis profissionais relevantes para o programa:
- Agrônomos: Especialistas em ciências agrícolas, são essenciais para orientar e aconselhar sobre práticas de cultivo sustentáveis, manejo do solo e da água e técnicas de conservação.
- Especialistas em agroecologia: Profissionais com conhecimento na integração de princípios ecológicos em sistemas agrícolas, o que é fundamental para promover práticas sustentáveis e resilientes.
- Especialistas em alterações climáticas e ambiente: Essenciais para incorporar estratégias de adaptação e mitigação das alterações climáticas na agricultura.
- Economias agrícolas: Importante analisar e desenvolver modelos económicos viáveis que beneficiem os agricultores e contribuam para o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais.
- Engenheiros de recursos hídricos: Especialistas em gestão eficiente da água, essencial em regiões com escassez de água ou problemas de gestão de recursos hídricos.
- Tecnólogos agrícolas: Profissionais especializados na implementação de tecnologias agrícolas, como sistemas de irrigação inteligentes, drones para monitoramento de culturas e outras inovações tecnológicas.
- Nutricionistas e especialistas em segurança alimentar: Garantir que as práticas agrícolas sustentáveis também atendam aos objetivos de nutrição e segurança alimentar.
- Sociólogos ou antropólogos rurais: Úteis para compreender a dinâmica social das comunidades rurais e facilitar a adoção de novas práticas pelos agricultores.
- Especialistas em marketing e merchandising: Crucial para desenvolver estratégias de mercado que promovam produtos sustentáveis e gerem demanda entre os consumidores.
- Educadores e instrutores: Liderar os componentes de treinamento e educação do programa, garantindo que as informações sejam acessíveis e compreensíveis para todos os participantes.
- Especialistas em políticas públicas: Necessários para aconselhar sobre a formulação de políticas e regulamentos que apoiem a agricultura sustentável e o desenvolvimento rural.
- Especialistas em Desenvolvimento Comunitário: Trabalhar na integração de projetos agrícolas no desenvolvimento comunitário mais amplo, garantindo que esses esforços apoiem o bem-estar geral da comunidade.
- Consultores de sustentabilidade: Avaliar e aconselhar sobre práticas sustentáveis e sua integração no programa.
Este é um resumo do Programa e a versão completa está disponível em documento Blueprint a ser posteriormente desenvolvido através do GovernoHUB.
Link do programa: https://www.governohub.com/docs/ecoagro-29-programa-de-agricultura-sostenible-y-desarrollo-rural/
Precisa de mais informações? Entre em contato com Julio Daniel Marquez pelo email info@juliodanielmarquez.com.br ou clicando aqui.
Créditos da imagem:Freepik